Dependentes químicos abandonam tratamento em 77% das internações

Uma das medidas pra diminuir essa desistência foi a capacitação dos funcionários. Com profissionais preparados, o centro conseguiu melhorar o índice de um ano para o outro. Ana Cláudia Aquino Silveira é psicóloga, fez alguns cursos e agora está na especialização em dependência química da USP. “Com a capacitação, você consegue lidar de forma diferente, abordar o paciente de forma diferente. Sem a capacitação, não teria como”, observa.

Jeferson foi dependente por 30 anos. Passou por tratamento, abandonou e, na segunda vez, conseguiu se recuperar. Faz cinco anos que sobrevive sem as drogas. E hoje trabalha numa comunidade ajudando outros jovens. “Precisa ter fé em Deus, força de vontade, perseverança e um grupo”, ressalta.

Um dependente que não quis se identificar veio de uma família de classe média e chegou a estudar na USP. Mas por influência dos amigos, caiu na armadilha das drogas. Do vício da cocaína passou para o crack. Já são seis anos de dependência e de recaídas. “Estou novamente aqui, mas agora com a diferença de entrega total. Estou procurando isso diariamente”, diz ele.

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