TRATAMENTO COCAÍNA
O que é a cocaína?
A cocaína é uma substância psicotrópica que possui ação estimulante sobre o sistema nervoso central. Ao utilizar essa droga, as pessoas, inicialmente, experimentam uma profunda sensação de euforia, com aumento da autoconfiança e da potência física e intelectual. Posteriormente às manifestações eufóricas, surgem sensações de ansiedade e depressão. Além desses sintomas, também é comum a ocorrência de fortes alucinações.
Outros efeitos comuns são o aumento da pressão arterial, a elevação da frequência respiratória e cardíaca, problemas de sono e apetite, ocorrência de espasmos e aumento da temperatura corporal.
Essa droga ilícita pode ser utilizada de três formas, as quais têm influências distintas sobre os efeitos percebidos pelos usuários. Ao ser fumada ou injetada, a cocaína chega mais rapidamente ao cérebro e, como consequência, a velocidade de ocorrência dos efeitos é mais alta. Por outro lado, quando inalada, os efeitos são produzidos mais lentamente.
Como é feito o tratamento da dependência?
O tratamento da dependência química de cocaína é realizado por meio de uma abordagem multiprofissional — composta por medidas farmacológicas e psicoterapêuticas —, a partir de uma parceria entre a equipe de profissionais da saúde, os familiares, os amigos e o próprio indivíduo.
O objetivo principal do tratamento é manter o dependente químico abstinente da utilização da droga, a fim de prevenir os problemas sociais e de saúde, consequentes do abuso dessa substância.
Como cada pessoa é única, o tratamento também deve ser personalizado. Deve-se prestar atenção nas características do paciente, sua personalidade, seu tipo psicológico e sua história e relação com a droga (escutando e compreendendo, por exemplo, os motivos que levaram ao seu uso).
Desintoxicação do corpo
Nessa etapa, o dependente deve manter uma abstinência da cocaína e de outros tipos de drogas, incluindo o álcool, maconha e, se possível, o tabaco também. Além de suspender o uso, o indivíduo deve manter-se afastado de outros usuários e, ainda, de objetos que possam remeter à utilização da substância.
É essencial destacar que os profissionais e a família devem prestar muita atenção durante a fase de abstinência, pois o paciente tende a sentir uma falta extrema da substância e pode ficar depressivo ou até suicida.
Por isto, é fundamental um acompanhamento atento, junto a cuidados físicos, psicológicos e emocionais, que ajudem a pessoa a lidar com essas dificuldades. Além disso, o médico deve transcrever apenas medicamentos que não ofereçam riscos de causarem vício.